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O programa de atividades do Centro de Lançamento de Alcântara - CLA, conforme proposto pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE , contempla perspectivas promissoras, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento sustentado de tecnologia espacial própria, como fator primordial para o progresso social e científico no país. 
É a convergência dos projetos nacionais no campo espacial, abrigando em suas instalações as atividades de diferentes entidades brasileiras e estrangeiras, com o propósito de se produzir competência técnica, necessária à requerida autonomia de nossos centros de pesquisa e de nossas indústrias aeroespaciais.  
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Atualmente, o CLA representa mais uma contribuição concreta da participação brasileira, com os demais segmentos espaciais, no seleto mercado internacional de serviços de lançamento, rastreio de veículos espaciais e de coleta e processamento de dados de cargas úteis, que se manisfesta em crescente e contínua expansão.  
Como benefício adicional, a oferta de bens e serviços deverá deslocar para a região, onde o CLA está instalado, um pólo de estudos e de alta tecnologia, com conseqüente aceleração da atividade econômica, em projeção abrangente e de longo prazo.  |  |  
Benefícios diretos advindos da operacionalidade do CLA:  
Para a Aeronáutica•      Maior aproveitamento da capacidade da infra-estrutura instalada e disponível.
 •      Capacitação e treinamento de técnicos e engenheiros, mantendo o status operacional das equipes.
 •      Auto-sustentação do complexo instalado, possibilitando a sua expansão, pela captação de recursos provenientes da prestação de serviços.
 •      Geração de conhecimento essencial de novas tecnologias espaciais sensíveis.
 
Para a região•      Fomentar a criação de pólo tecnológico e de instituições afins, com o surgimento de várias iniciativas.
 • Desenvolvimento de um pólo industrial para dar suporte às atividades espaciais e consequente redução de custos de produção.
 •      Incremento à atividade e aos benefícios sociais auferidos pela criação de novas oportunidades de trabalho e melhor qualificação de mão-de-obra.
 •      Aumento do valor agregado e do poder aquisitivo dos produtos nacionais, resultantes do conhecimento gerado.
 
e para o Brasil•      Redução e eliminação progressiva de dispêndio no exterior de elevados recursos financeiros empregados para os lançamentos nacionais.
 •      Captação de recursos decorrentes da oferta de bens e serviços espaciais brasileiros.
 •      Oferecer condições para a capacitação e pesquisa de aplicações aeroespaciais das instituições de ensino superior e da indústria nacional.
 
 
 
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Denomina-se operação ao conjunto das atividades planejadas, que objetiva o treinamento dos meios operacionais ou o lançamento de veículos espaciais e de rastreio de suas cargas úteis em um centro de lançamento, tendo em vista a realização de um experimento científico ou tecnológico no espaço ou a colocação de um satélite em órbita. As operações de lançamento costumam receber o nome de localidades brasileiras ou mesmo, eventualmente, nomes significativos para as circunstâncias em que elas se encontrem, num dado momento. |  |  
Em linhas gerais, uma operação de lançamento inicia-se pelos trabalhos de transporte de diversos módulos, estágios e sistemas do veículo, e da carga útil a ser embarcada, dos meios de solo auxiliares e do pessoal especializado para o centro de lançamento.  
A preparação do centro de lançamento já vem ocorrendo bem antes da chegada dos componentes e do pessoal envolvidos numa operação, a fim de ajustar toda a sua infra-estrutura logística e operacional dos sistemas dedicados ao lançamento propriamente dito.  
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As                 fases mais delicadas de uma operação referem-se                 às atividades de integração, montagem e testes                 do veículo e de seus sistemas, de sua carga útil                 ou satélite, dos meios de solo auxiliares e de todas as                 interfaces com os centros de lançamento. Após todas                 as verificações e testes finais, são realizados                 treinamentos para o lançamento simulado e a contagem regressiva                 real de lançamento do veículo. 
 
 Cumpridas as demais etapas de pós-vôo                 do veículo e monitoramento de sua carga útil ou                 satélite, as equipes e o próprio centro de lançamento                 preparam-se para a desmontagem dos meios de solo empregados, embalagem                 e transporte de equipamentos e materiais resultantes da operação,                 e o regresso do pessoal engajado na missão.
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CONCEITO GERALConcebido no início da década de 80, como um dos três segmentos da Missão Espacial Completa Brasileira – MECB, o Centro de Lançamento de Alcântara – CLA visava a permitir o lançamento, a partir do território brasileiro, de um satélite nacional, levado por um foguete também desenvolvido e produzido no país.  <><>
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Hoje, com a evolução da MECB para o Programa Nacional de Atividades Espaciais – PNAE, o CLA vem se consolidando como um centro de lançamento cuja localização privilegiada o coloca, potencialmente, como um dos mais vantajosos do mundo. Ao longo de seu processo de implantação, busca-se qualificá-lo tanto para veículos suborbitais como para lançadores de satélites, sempre tendo como referência os objetivos de confiabilidade e segurança demandados pelo setor espacial. |  |  
A implantação do CLA realiza-se           progressivamente por três etapas, consideradas no seu projeto           original, e cujas principais características são:• A primeira, em curso, destina-se a atender desde           foguetes de sondagem até lançadores de pequeno porte,           de propulsão sólida, como o veículo lançador           de satélites - VLS 1 (nacional), com capacidade de satelização           em órbitas baixas.
 • Abrange a própria concepção e elaboração           do projeto do centro; regularização fundiária;           construção e capacitação das instalações           para as operações.
 • Na segunda, evoluir-se-á para lançadores           à propelente líquido, capazes de atingir órbitas           geoestacionárias;
 • Compreende a continuação dos lançamentos           satelizadores em órbitas baixas; início da ampliação           das instalações especiais para lançadores a propelente           líquido; e dos programas de lançamento em órbitas           geoestacionárias de satélites de comunicação,           por exemplo.
 • E, na terceira etapa, ter-se-á a adaptação           para operar com veículos recicláveis, ou outras tecnologias           que estarão disponíveis a longo prazo.
 
É natural que, transcorridas duas décadas, principalmente num setor altamente dinâmico como o espacial, os avanços tecnológicos se fazem manifestar e impõem evoluções nas concepções, nos projetos, nos sistemas e nas características operacionais do CLA.  
Assim é que, além de perseguir as metas de implantação e de manter operacionais os bens instalados, o CLA tem que estar permanentemente dedicado a acompanhar as demandas de seus usuários - operadores cargas úteis, de satélites e de lançadores - de forma a prover-lhes as mais adequadas condições para preparação e lançamento. 
 
  
Operação Pioneira - A 1ª Operação do CLA - De 11 a 15 de Dezembro de 1989São lançados 15 Foguetes SBAT-70 e 2 SBAT-152
 
 
 Operação Alcântara - 21 de Fevereiro de 1990
 levando 1 Foguete Sonda-2
 Deu Início às Operações do CLA
 
 
 Operação Guará - De 12 de agosto a 15 de outubro 1994 é realizada
 em conjunto com a NASA, quando foram lançados 47 foguetes FFAR,
 03 Super Loki, 20 Viper Dart, 04 Nike Orion, 04 Black Brant VC,
 04 Nike Tamahawk, 01 Black Brant X.
 
 
 Operação Ema - De 21 de maio 2001 a 10 de junho de 2001.
 Lançamento de sondas meteorológicas através de balões, quando
 houve uma intercomparação de radiossondagens dos sistemas VAISALA
 (Finlândia), INTERMET/GEOLINK (França), SIPPICAN (USA) e Dr, GRAW
 (Alemanha) com a participação do INMET, CTA/ACA, MARINHA
 BRASILEIRA, DEPV, CINDACTA 1, HOBECO e LEX Internacional.
 
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Desde               que o homem alçou ao céu o audacioso vôo do               mais-pesado-que-o-ar, o extraordinário avanço tecnológico               experimentado pela intensa corrida para conquista do espaço,               durante quase todo o século passado, impulsionou muitas nações               à luta pelo conhecimento e o desenvolvimento de um programa               de estado que lhes proporcionassem o domínio do espaço               exterior, assegurando-lhes a soberania, segurança e autonomia               indispensáveis à sociedade moderna.
 
 Nesse cenário, o Brasil a partir da década de 50 ingressou,               motivado pelo progresso do programa espacial americano e soviético,               na busca de competência tecnológica necessária
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ao desenvolvimento aeroespacial, dedicado ao uso do espaço,               que lhe propiciasse condições de acesso a produtos               e serviços estratégicos desse cobiçado e promissor               campo da ciência, com a criação de várias               instituições governamentais voltadas para o estudo,               formação, treinamento e pesquisa dos vetores espaciais               no país.  |  
Dentre outras iniciativas, é criada         no final dos anos 70 a Missão Espacial Completa Brasileira – MECB, primeiro programa espacial arrojado, de grande porte, contemplando         perspectivas de longo prazo, organizado pela Comissão Brasileira         de Atividades Espaciais – COBAE, hoje, Agência         Espacial Brasileira – AEB, do Ministério da Ciência         e Tecnologia.  
A MECB, por sua vez, estabeleceu em seu escopo o desenvolvimento e a construção de pequenos satélites de aplicações ambientais e de sensoriamento, a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, do Ministério da Ciência e Tecnologia, e de um veiculo lançador compatível com aqueles satélites, bem como a implantação de infra-estrutura básica requerida por estes projetos, sob a responsabilidade da Aeronáutica.  
Assim, nasce o Centro de Lançamento de Alcântara – CLA , Organização do Comando da Aeronáutica, como o principal complexo, projetado para exercer as atividades operacionais necessárias ao cumprimento das missões de lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais e de coleta e processamento de dados de suas cargas úteis, bem como a execução de testes e experimentos de interesse da Aeronáutica, relacionados com a política nacional de desenvolvimento aeroespacial, localizado no estado do Maranhão. 
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O Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE está inserido no ato de criação da Agência Espacial Brasileira - AEB, ocorrido em fevereiro de 1994, sendo sua elaboração e sua atualização atribuídas a este órgão. A Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais - PNDAE, elaborada em dezembro de 1994, estabelece que o PNAE tenha ampla abrangência, e seja constituído por programas de cunho científico, de aplicações e de capacitação tecnológica, além de atividades voltadas à implantação, manutenção e ampliação de infra-estrutura operacional e de apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento. Consta do PNAE uma série de programas, onde se destacam:  |  |  
1) Aplicações Espaciais -  visa criar meios para que a sociedade brasileira possa usufruir, da melhor forma, dos recursos possibilitados pelos satélites de aplicações espaciais, principalmente nas áreas de Sensoriamento Remoto, Meteorologia, Oceanografia, Telecomunicações, Geodésia e Navegação. 
2) Satélites e Cargas Úteis -  têm por finalidade dotar o país de capacidade própria na concepção, projeto, desenvolvimento, fabricação e utilização de satélites, bem como de subsistemas específicos para os mesmos. 
3) Veículos Lançadores e Foguetes de Sondagem - objetiva capacitar o País no projeto, desenvolvimento e construção de veículos lançadores de satélites, bem como lançadores de cargas úteis suborbitais. Objetiva ainda, a fixação na indústria da produção de tais veículos e seus sistemas, contribuindo para a maior qualificação do parque industrial brasileiro e sua integração competitiva no mercado mundial. 
4) Infra-estrutura Espacial -  visa à implantação, a complementação, a ampliação, a atualização e a manutenção dos centros e laboratórios que compõem a infra-estrutura de apoio às atividades espaciais. Estas unidades têm caráter não apenas operacional, mas também de apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento contempladas no Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE. 
5) Ciências Espaciais - objetiva coordenar, apoiar e fomentar projetos e atividades voltados à pesquisa básica e aplicada sobre fenômenos da atmosfera e do espaço exterior, e em outras áreas do conhecimento, como física dos materiais e matemática computacional, que contribuam diretamente para o avanço da ciência e da tecnologia espaciais. 
6) Desenvolvimento em Tecnologias         Espaciais - tem por finalidade apoiar a execução         de projetos e atividades de capacitação em tecnologias espaciais         necessárias aos sistemas espaciais de interesse nacional. Promove,         continuamente, o domínio de tecnologias consideradas estratégicas,         propicia condições para a consolidação e atualização         da capacidade de engenharia e desenvolvimento tecnológico, atuando         em instituições de ensino e pesquisa. 
7) Formação e Aperfeiçoamento de Recursos Humanos - visa coordenar iniciativas em andamento e promover uma série de novas outras que atendam às atividades espaciais brasileiras no tocante à disponibilidade de recursos humanos capacitados, necessários ao cumprimento dos objetivos e metas do PNAE. 
8) Fomento à Capacitação de Empresas da Indústria Nacional - objetiva promover a crescente capacitação de empresas nacionais para participar competitivamente, em todos os níveis, do mercado e do fornecimento de produtos e serviços espaciais. 
Como se pode verificar, o Programa Espacial Brasileiro não se restringe        somente ao VLS, ao CLA e aos satélites. Estes são apenas três        subprogramas dos programas descritos anteriormente. O Primeiro        programa espacial brasileiro com características efetivas de grande porte        e longo prazo foi a Missão Espacial Completa Brasileira - MECB, que estabeleceu como metas o desenvolvimento de pequenos satélites de        aplicação (coleta de dados ambientais e sensoriamento remoto), de um        veículo lançador compatível com aqueles satélites - VLS, bem como da      implantação de infra-estrutura básica requerida por esses projetos - CLA. 
Define-se assim, a participação do Comando da Aeronáutica num        empreendimento que colocará o Brasil em posição de destaque no cenário      internacional. 
 
 
 
 
 
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Complementarmente, são                 realizados testes em artefatos aeroespaciais nacionais, ensaios                 e instrumentação de meios embarcados, bem como a                 constante aferição do complexo operacional instalado.  
O CLA participa também, como estação                   remota, de atividades conjuntas de rastreio nas operações                   de lançamentos suborbitais, coordenadas pelo Centro de                   Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI, em Natal –                   RN e em parceria com o Centro Espacial Guianês - CSG,                   em Kourou - Guiana Francesa, do Consórcio Europeu - ESA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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