SAUDAÇÃO

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

PREPARA, LANÇAR RASTREAR - CLA




CONCEITO GERALConcebido no início da década de 80, como um dos três segmentos da Missão Espacial Completa Brasileira – MECB, o Centro de Lançamento de Alcântara – CLA visava a permitir o lançamento, a partir do território brasileiro, de um satélite nacional, levado por um foguete também desenvolvido e produzido no país.
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Hoje, com a evolução da MECB para o Programa Nacional de Atividades Espaciais – PNAE, o CLA vem se consolidando como um centro de lançamento cuja localização privilegiada o coloca, potencialmente, como um dos mais vantajosos do mundo. Ao longo de seu processo de implantação, busca-se qualificá-lo tanto para veículos suborbitais como para lançadores de satélites, sempre tendo como referência os objetivos de confiabilidade e segurança demandados pelo setor espacial.
A implantação do CLA realiza-se progressivamente por três etapas, consideradas no seu projeto original, e cujas principais características são:
• A primeira, em curso, destina-se a atender desde foguetes de sondagem até lançadores de pequeno porte, de propulsão sólida, como o veículo lançador de satélites - VLS 1 (nacional), com capacidade de satelização em órbitas baixas.
• Abrange a própria concepção e elaboração do projeto do centro; regularização fundiária; construção e capacitação das instalações para as operações.
• Na segunda, evoluir-se-á para lançadores à propelente líquido, capazes de atingir órbitas geoestacionárias;
• Compreende a continuação dos lançamentos satelizadores em órbitas baixas; início da ampliação das instalações especiais para lançadores a propelente líquido; e dos programas de lançamento em órbitas geoestacionárias de satélites de comunicação, por exemplo.
• E, na terceira etapa, ter-se-á a adaptação para operar com veículos recicláveis, ou outras tecnologias que estarão disponíveis a longo prazo.
É natural que, transcorridas duas décadas, principalmente num setor altamente dinâmico como o espacial, os avanços tecnológicos se fazem manifestar e impõem evoluções nas concepções, nos projetos, nos sistemas e nas características operacionais do CLA.
Assim é que, além de perseguir as metas de implantação e de manter operacionais os bens instalados, o CLA tem que estar permanentemente dedicado a acompanhar as demandas de seus usuários - operadores cargas úteis, de satélites e de lançadores - de forma a prover-lhes as mais adequadas condições para preparação e lançamento.

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O Centro de Lançamento de Alcântara - CLA, Organização do Comando da Aeronáutica, é subordinado ao Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial - CTA, e atua nas missões de lançamento e de rastreio de engenhos aeroespaciais, coleta e processamento de dados de suas cargas úteis, incluindo testes e experimentos científicos de interesse da Aeronáutica, relacionados com a política nacional de desenvolvimento aeroespacial.
Desse modo, todas as atividades exercidas pelo CLA decorrem de projetos e programas previamente aprovados em diretrizes governamentais.
Os meios operacionais utilizados para o cumprimento dessa missão são organizados e configurados sempre de acordo com as especificidades de cada operação e disponíveis nos sistemas alocados.
De uma maneira geral, o CLA não exerce apenas o conjunto de operações de lançamentos, estabelecido em cronograma de eventos, está voltado, também, para a permanente manutenção e atualização de equipagens, aperfeiçoamento e treinamento de técnicos e engenheiros e modernização dos sistemas dedicados.
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O programa de atividades do Centro de Lançamento de Alcântara - CLA, conforme proposto pelo Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE , contempla perspectivas promissoras, contribuindo de forma efetiva para o desenvolvimento sustentado de tecnologia espacial própria, como fator primordial para o progresso social e científico no país.
É a convergência dos projetos nacionais no campo espacial, abrigando em suas instalações as atividades de diferentes entidades brasileiras e estrangeiras, com o propósito de se produzir competência técnica, necessária à requerida autonomia de nossos centros de pesquisa e de nossas indústrias aeroespaciais.
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Atualmente, o CLA representa mais uma contribuição concreta da participação brasileira, com os demais segmentos espaciais, no seleto mercado internacional de serviços de lançamento, rastreio de veículos espaciais e de coleta e processamento de dados de cargas úteis, que se manisfesta em crescente e contínua expansão.
Como benefício adicional, a oferta de bens e serviços deverá deslocar para a região, onde o CLA está instalado, um pólo de estudos e de alta tecnologia, com conseqüente aceleração da atividade econômica, em projeção abrangente e de longo prazo.
Benefícios diretos advindos da operacionalidade do CLA:
Para a Aeronáutica
• Maior aproveitamento da capacidade da infra-estrutura instalada e disponível.
• Capacitação e treinamento de técnicos e engenheiros, mantendo o status operacional das equipes.
• Auto-sustentação do complexo instalado, possibilitando a sua expansão, pela captação de recursos provenientes da prestação de serviços.
• Geração de conhecimento essencial de novas tecnologias espaciais sensíveis.
Para a região
• Fomentar a criação de pólo tecnológico e de instituições afins, com o surgimento de várias iniciativas.
• Desenvolvimento de um pólo industrial para dar suporte às atividades espaciais e consequente redução de custos de produção.
• Incremento à atividade e aos benefícios sociais auferidos pela criação de novas oportunidades de trabalho e melhor qualificação de mão-de-obra.
• Aumento do valor agregado e do poder aquisitivo dos produtos nacionais, resultantes do conhecimento gerado.
e para o Brasil
• Redução e eliminação progressiva de dispêndio no exterior de elevados recursos financeiros empregados para os lançamentos nacionais.
• Captação de recursos decorrentes da oferta de bens e serviços espaciais brasileiros.
Oferecer condições para a capacitação e pesquisa de aplicações aeroespaciais das instituições de ensino superior e da indústria nacional.


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Denomina-se operação ao conjunto das atividades planejadas, que objetiva o treinamento dos meios operacionais ou o lançamento de veículos espaciais e de rastreio de suas cargas úteis em um centro de lançamento, tendo em vista a realização de um experimento científico ou tecnológico no espaço ou a colocação de um satélite em órbita. As operações de lançamento costumam receber o nome de localidades brasileiras ou mesmo, eventualmente, nomes significativos para as circunstâncias em que elas se encontrem, num dado momento.
Em linhas gerais, uma operação de lançamento inicia-se pelos trabalhos de transporte de diversos módulos, estágios e sistemas do veículo, e da carga útil a ser embarcada, dos meios de solo auxiliares e do pessoal especializado para o centro de lançamento.
A preparação do centro de lançamento já vem ocorrendo bem antes da chegada dos componentes e do pessoal envolvidos numa operação, a fim de ajustar toda a sua infra-estrutura logística e operacional dos sistemas dedicados ao lançamento propriamente dito.
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As fases mais delicadas de uma operação referem-se às atividades de integração, montagem e testes do veículo e de seus sistemas, de sua carga útil ou satélite, dos meios de solo auxiliares e de todas as interfaces com os centros de lançamento. Após todas as verificações e testes finais, são realizados treinamentos para o lançamento simulado e a contagem regressiva real de lançamento do veículo.


Cumpridas as demais etapas de pós-vôo do veículo e monitoramento de sua carga útil ou satélite, as equipes e o próprio centro de lançamento preparam-se para a desmontagem dos meios de solo empregados, embalagem e transporte de equipamentos e materiais resultantes da operação, e o regresso do pessoal engajado na missão.

CONCEITO GERALConcebido no início da década de 80, como um dos três segmentos da Missão Espacial Completa Brasileira – MECB, o Centro de Lançamento de Alcântara – CLA visava a permitir o lançamento, a partir do território brasileiro, de um satélite nacional, levado por um foguete também desenvolvido e produzido no país.
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Hoje, com a evolução da MECB para o Programa Nacional de Atividades Espaciais – PNAE, o CLA vem se consolidando como um centro de lançamento cuja localização privilegiada o coloca, potencialmente, como um dos mais vantajosos do mundo. Ao longo de seu processo de implantação, busca-se qualificá-lo tanto para veículos suborbitais como para lançadores de satélites, sempre tendo como referência os objetivos de confiabilidade e segurança demandados pelo setor espacial.
A implantação do CLA realiza-se progressivamente por três etapas, consideradas no seu projeto original, e cujas principais características são:
• A primeira, em curso, destina-se a atender desde foguetes de sondagem até lançadores de pequeno porte, de propulsão sólida, como o veículo lançador de satélites - VLS 1 (nacional), com capacidade de satelização em órbitas baixas.
• Abrange a própria concepção e elaboração do projeto do centro; regularização fundiária; construção e capacitação das instalações para as operações.
• Na segunda, evoluir-se-á para lançadores à propelente líquido, capazes de atingir órbitas geoestacionárias;
• Compreende a continuação dos lançamentos satelizadores em órbitas baixas; início da ampliação das instalações especiais para lançadores a propelente líquido; e dos programas de lançamento em órbitas geoestacionárias de satélites de comunicação, por exemplo.
• E, na terceira etapa, ter-se-á a adaptação para operar com veículos recicláveis, ou outras tecnologias que estarão disponíveis a longo prazo.
É natural que, transcorridas duas décadas, principalmente num setor altamente dinâmico como o espacial, os avanços tecnológicos se fazem manifestar e impõem evoluções nas concepções, nos projetos, nos sistemas e nas características operacionais do CLA.
Assim é que, além de perseguir as metas de implantação e de manter operacionais os bens instalados, o CLA tem que estar permanentemente dedicado a acompanhar as demandas de seus usuários - operadores cargas úteis, de satélites e de lançadores - de forma a prover-lhes as mais adequadas condições para preparação e lançamento.

Operação Pioneira - A 1ª Operação do CLA - De 11 a 15 de Dezembro de 1989
São lançados 15 Foguetes SBAT-70 e 2 SBAT-152


Operação Alcântara - 21 de Fevereiro de 1990
levando 1 Foguete Sonda-2
Deu Início às Operações do CLA


Operação Guará - De 12 de agosto a 15 de outubro 1994 é realizada
em conjunto com a NASA, quando foram lançados 47 foguetes FFAR,
03 Super Loki, 20 Viper Dart, 04 Nike Orion, 04 Black Brant VC,
04 Nike Tamahawk, 01 Black Brant X.


Operação Ema - De 21 de maio 2001 a 10 de junho de 2001.
Lançamento de sondas meteorológicas através de balões, quando
houve uma intercomparação de radiossondagens dos sistemas VAISALA
(Finlândia), INTERMET/GEOLINK (França), SIPPICAN (USA) e Dr, GRAW
(Alemanha) com a participação do INMET, CTA/ACA, MARINHA
BRASILEIRA, DEPV, CINDACTA 1, HOBECO e LEX Internacional.


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Desde que o homem alçou ao céu o audacioso vôo do mais-pesado-que-o-ar, o extraordinário avanço tecnológico experimentado pela intensa corrida para conquista do espaço, durante quase todo o século passado, impulsionou muitas nações à luta pelo conhecimento e o desenvolvimento de um programa de estado que lhes proporcionassem o domínio do espaço exterior, assegurando-lhes a soberania, segurança e autonomia indispensáveis à sociedade moderna.


Nesse cenário, o Brasil a partir da década de 50 ingressou, motivado pelo progresso do programa espacial americano e soviético, na busca de competência tecnológica necessária
ao desenvolvimento aeroespacial, dedicado ao uso do espaço, que lhe propiciasse condições de acesso a produtos e serviços estratégicos desse cobiçado e promissor campo da ciência, com a criação de várias instituições governamentais voltadas para o estudo, formação, treinamento e pesquisa dos vetores espaciais no país.
Dentre outras iniciativas, é criada no final dos anos 70 a Missão Espacial Completa Brasileira – MECB, primeiro programa espacial arrojado, de grande porte, contemplando perspectivas de longo prazo, organizado pela Comissão Brasileira de Atividades Espaciais – COBAE, hoje, Agência Espacial Brasileira – AEB, do Ministério da Ciência e Tecnologia.
A MECB, por sua vez, estabeleceu em seu escopo o desenvolvimento e a construção de pequenos satélites de aplicações ambientais e de sensoriamento, a cargo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, do Ministério da Ciência e Tecnologia, e de um veiculo lançador compatível com aqueles satélites, bem como a implantação de infra-estrutura básica requerida por estes projetos, sob a responsabilidade da Aeronáutica.
Assim, nasce o Centro de Lançamento de Alcântara – CLA , Organização do Comando da Aeronáutica, como o principal complexo, projetado para exercer as atividades operacionais necessárias ao cumprimento das missões de lançamento e rastreio de engenhos aeroespaciais e de coleta e processamento de dados de suas cargas úteis, bem como a execução de testes e experimentos de interesse da Aeronáutica, relacionados com a política nacional de desenvolvimento aeroespacial, localizado no estado do Maranhão.

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O Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE está inserido no ato de criação da Agência Espacial Brasileira - AEB, ocorrido em fevereiro de 1994, sendo sua elaboração e sua atualização atribuídas a este órgão. A Política Nacional de Desenvolvimento das Atividades Espaciais - PNDAE, elaborada em dezembro de 1994, estabelece que o PNAE tenha ampla abrangência, e seja constituído por programas de cunho científico, de aplicações e de capacitação tecnológica, além de atividades voltadas à implantação, manutenção e ampliação de infra-estrutura operacional e de apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento. Consta do PNAE uma série de programas, onde se destacam:
1) Aplicações Espaciais - visa criar meios para que a sociedade brasileira possa usufruir, da melhor forma, dos recursos possibilitados pelos satélites de aplicações espaciais, principalmente nas áreas de Sensoriamento Remoto, Meteorologia, Oceanografia, Telecomunicações, Geodésia e Navegação.
2) Satélites e Cargas Úteis - têm por finalidade dotar o país de capacidade própria na concepção, projeto, desenvolvimento, fabricação e utilização de satélites, bem como de subsistemas específicos para os mesmos.
3) Veículos Lançadores e Foguetes de Sondagem - objetiva capacitar o País no projeto, desenvolvimento e construção de veículos lançadores de satélites, bem como lançadores de cargas úteis suborbitais. Objetiva ainda, a fixação na indústria da produção de tais veículos e seus sistemas, contribuindo para a maior qualificação do parque industrial brasileiro e sua integração competitiva no mercado mundial.
4) Infra-estrutura Espacial - visa à implantação, a complementação, a ampliação, a atualização e a manutenção dos centros e laboratórios que compõem a infra-estrutura de apoio às atividades espaciais. Estas unidades têm caráter não apenas operacional, mas também de apoio às atividades de pesquisa e desenvolvimento contempladas no Programa Nacional de Atividades Espaciais - PNAE.
5) Ciências Espaciais - objetiva coordenar, apoiar e fomentar projetos e atividades voltados à pesquisa básica e aplicada sobre fenômenos da atmosfera e do espaço exterior, e em outras áreas do conhecimento, como física dos materiais e matemática computacional, que contribuam diretamente para o avanço da ciência e da tecnologia espaciais.
6) Desenvolvimento em Tecnologias Espaciais - tem por finalidade apoiar a execução de projetos e atividades de capacitação em tecnologias espaciais necessárias aos sistemas espaciais de interesse nacional. Promove, continuamente, o domínio de tecnologias consideradas estratégicas, propicia condições para a consolidação e atualização da capacidade de engenharia e desenvolvimento tecnológico, atuando em instituições de ensino e pesquisa.
7) Formação e Aperfeiçoamento de Recursos Humanos - visa coordenar iniciativas em andamento e promover uma série de novas outras que atendam às atividades espaciais brasileiras no tocante à disponibilidade de recursos humanos capacitados, necessários ao cumprimento dos objetivos e metas do PNAE.
8) Fomento à Capacitação de Empresas da Indústria Nacional - objetiva promover a crescente capacitação de empresas nacionais para participar competitivamente, em todos os níveis, do mercado e do fornecimento de produtos e serviços espaciais.
Como se pode verificar, o Programa Espacial Brasileiro não se restringe somente ao VLS, ao CLA e aos satélites. Estes são apenas três subprogramas dos programas descritos anteriormente. O Primeiro programa espacial brasileiro com características efetivas de grande porte e longo prazo foi a Missão Espacial Completa Brasileira - MECB, que estabeleceu como metas o desenvolvimento de pequenos satélites de aplicação (coleta de dados ambientais e sensoriamento remoto), de um veículo lançador compatível com aqueles satélites - VLS, bem como da implantação de infra-estrutura básica requerida por esses projetos - CLA.
Define-se assim, a participação do Comando da Aeronáutica num empreendimento que colocará o Brasil em posição de destaque no cenário internacional.
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Complementarmente, são realizados testes em artefatos aeroespaciais nacionais, ensaios e instrumentação de meios embarcados, bem como a constante aferição do complexo operacional instalado.
O CLA participa também, como estação remota, de atividades conjuntas de rastreio nas operações de lançamentos suborbitais, coordenadas pelo Centro de Lançamento da Barreira do Inferno - CLBI, em Natal – RN e em parceria com o Centro Espacial Guianês - CSG, em Kourou - Guiana Francesa, do Consórcio Europeu - ESA.

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