SAUDAÇÃO

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DIÁRIO DE BORDO...


DIÁRIO DE BORDO


Passar um dia em Alcântara é passeio obrigatório para os que estão no Maranhão.
Do cais da Praia Grande, em São Luís, saem os grandes barcos que atravessam a baía de São Marcos rumo a Alcântara.

Dependendo da maré, a travessia costuma ser agitada. São famosos os relatos entre os turistas de chacoalhos no caminho. Eu mesmo passei por isso.

Alcântara fica numa elevação com uma vista privilegiada da baía e das redondezas. Dá até para avistar o horizonte de prédios de São Luís.

Caminhando nas ruas, sentimos uma estranha sensação. Ruínas dividem o espaço com enormes casas ainda bem conservadas. São duas cidades no mesmo lugar.

E não é difícil fechar os olhos e imaginar Alcântara em seu apogeu, com as famílias aristocráticas e escravagistas, filhos e mulheres acomodados nos casarões enquanto os homens passavam temporadas em suas fazendas no interior.
O pelourinho não deixa dúvidas da vida reservada aos negros, que cultuaram no local uma das mais tradicionais Festas do Divino no Brasil.

Muitos visitantes retornam no mesmo dia para São Luís. Mas uma noite no lugar é inesquecível. Tudo que há para fazer é caminhar pelas ruas tranquilas e desertas, respirando o ar que circula pelas ruínas na hora das sombras.

Alcântara é uma cidade tranquila. O que se vê são apenas as levas de turistas, chegando e saindo. Os moradores não têm pressa e buscam sempre o consolo das árvores para fugir do sol e do calor intenso do lugar.
Álvaro Andrade Garcia

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